Em 20 de janeiro de 2014
O Brasil tem 16 mil oftalmologistas e em matéria de tecnologia nessa especialidade só perde para o Canadá e os Estados Unidos, de acordo com o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Marco Antônio Rey Faria. Segundo ele, que é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, nos últimos 18 anos a qualidade da oftalmologia e dos profissionais brasileiros melhorou muito, embora a situação da rede pública de saúde tenha piorado.
Com as novas drogas e técnicas cirúrgicas é possível controlar não apenas o glaucoma, como outras doenças graves que podem provocar a cegueira, entre as quais a retinopatia diabética, a degeneração macular e a catarata, “cuja cirurgia por meio de ultrassom é padrão ouro, atualmente”.
Em entrevista pelo Dia Mundial da Visão, comemorado hoje (11), o presidente do CBO prevê que a grande novidade será o olho biônico, que poderá devolver a visão a quem perdeu totalmente a capacidade de enxergar. Ele acredita que a tecnologia se tornará rotineira “no máximo em 20 anos”, de acordo com o avanço das pesquisas feitas atualmente.
No Dia Mundial da Visão, Brasil procura prevenir cegueira
O olho biônico utiliza uma câmera de vídeo para enviar ao cérebro as imagens captadas por eletrodos que o paciente pode ter instalados até na língua. Uma experiência recente, realizada na Austrália, comprova a afirmação do Dr. Rey de Faria.
O Bionic Vision Australia (BVA), consórcio financiado pelo governo, implantou o “protótipo preliminar” de um olho robótico em uma mulher com perda hereditária da visão provocada por retinite pigmentosa degenerativa, um tipo de degeneração da retina que leva à perda da visão e não tem cura.
Descrito como um “olho pré-biônico”, o minúsculo aparelho com 24 eletrodos foi colocado sobre a retina de Dianne Ashworth e enviou impulsos elétricos para estimular as células nervosas de seus olhos. Ela descreveu a assim a experiência: “Eu não sabia o que esperar, mas de repente consegui ver um pequeno clarão. A cada estímulo, surgia uma forma diferente diante dos meus olhos”.
Penny Allen, o cirurgião que implantou o aparelho, o descreveu como o primeiro do mundo. O dispositivo de Ashworth só funciona quando está conectado dentro do laboratório e o presidente do BVA, David Penington, disse que seria usado para explorar como as imagens são “construídas” pelo cérebro e pelo olho.
Fonte: Terceira Idade
Em 17 de janeiro de 2014
Cientistas, liderados pelo pesquisador Robert MacLaren, estão utilizando terapia genética para tentar reverter danos à retina e outras regiões cruciais dos olhos. Os estudos visam aplicação de um vírus com gene "corretor" do mal hereditário e com isso melhorar a visão dos pacientes com doenças degenerativas. A matéria foi publicada Jornal Folha de São Paulo de ontem (clique aqui e acesse na íntegra a matéria).
A doença ocular degenerativa, escolhida pelos pesquisadores para o estudo, foi a coroideramia. De acordo com a matéria, ela afeta uma pessoa a cada 50 mil e foi selecionada por se tratar de uma doença genética e desencadeada por um único defeito no gene. A ideia dos cientistas é substituir o trecho de DNA defeituoso pelo equivalente "em bom estado".
"Esta é a primeira vez que a terapia genética é usada para tratar pacientes com acuidade visual ainda normal. Nossos resultados mostram que a terapia é uma grande promessa para tratar outros problemas, como a degeneração macular relacionada à idade", afirma na matéria Robert MacLaren.
Para entender um pouco mais sobre o que significa estes estudos veja entrevista abaixo com o Doutor em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM) Paulo Augusto de Arruda Mello Filho.
Quando uma doença é considerada hereditária?
A doença é considerada hereditária quando transmitida dos pais para os filhos, através dos genes. Exemplos são a obesidade, diabetes e hipertensão arterial sistêmica.
Muitas vezes é confundida com a doença congênita - que na verdade significa uma doença já presente ao nascimento ? porém, não necessariamente transmitida pelos pais.
O que é a Coroideremia?
É uma doença hereditária degenerativa da coriocapilar, epitélio pigmentado e fotorreceptores da retina. Ocorre um defeito no gene responsável pela produção da proteína de membrana celular REP-1, essencial para o metabolismo desses tecidos.
Os sintomas iniciam com a piora da visão noturna e vão evoluindo com a perda progressiva da acuidade visual e do campo visual periférico.
Existe tratamento?
No momento não existe tratamento para essa doença, que é muito rara. O que existe são estudos de novos tratamentos com terapia genética. Como mostra a matéria citada, esta doença foi utilizada para estudar terapia genética por apresentar um defeito relativamente simples em um único gene, embora com manifestação clínica muito grave.
FONTE: CBO
Em 24 de setembro de 2013
Existem recomendações que valem para todas as idades, como evitar coçar os olhos, por exemplo, já que isso pode machucá-los e facilitar o surgimento do ceratocone, uma deformidade na córnea. Além disso, é preciso tomar cuidado na hora de usar o computador já que, nesse momento, a pessoa pisca menos e o olho pode ficar seco, como alertaram os oftalmologistas.
Confira abaixo quais os cuidados mais importantes em cada fase da vida:
0 aos 10 anos de idade
Nesse período, as crianças aprendem a enxergar e a visão é desenvolvida. Porém, esse aprendizado depende muito de condições adequadas e, caso ocorra algum estímulo errado, a criança pode ter ambliopia, um problema por causa do mau desenvolvimento da visão. Ela pode, portanto, aprender a enxergar do jeito errado e ficar “cega” de um dos olhos, o que pode ser o estrabismo ou um grau de óculos diferente.
Em caso de estrabismo, a criança precisa começar um tratamento com um tampão, que vai forçar o olho com problemas a enxergar direito. Quanto antes for feito isso, melhor, porque a correção só é possível até os 6 ou 8 anos de idade. Se não houver nenhuma queixa da criança, ela deve fazer a primeira visita ao oftalmologista entre os 3 e 4 anos, fase em que é possível examinar melhor e ouvir o que ela tem a dizer sobre sua visão. Depois disso, a visita pode ser feita em intervalos de 1 ou 2 anos.
10 aos 20 anos de idade
Essa é a fase em que costumam aparecer a miopia e o ceratocone. Na adolescência, os pais devem ficar atentos ao mau rendimento dos filhos na escola e às queixas de cansaço visual, embaçamento da visão, entre outros problemas.
Outro fator muito comum nessa época é o uso contínuo do computador, que faz o jovem forçar os olhos e piscar menos. Com a visão mais exposta, os olhos ficam mais secos, como explicou o oftalmologista Renato Neves. Para evitar isso, o ideal é fazer pausas do computador a cada hora para fazer bem não só para os olhos, mas também para a circulação do corpo e para as costas.
20 aos 40 anos de idade
Nessa época, assim como em todas as outras, a dica é evitar o cigarro, que compromete a circulação sanguínea da retina, reduz a quantidade de antioxidantes no sangue e afeta a visão. Mesmo quem parou de fumar há 15 ou 20 anos apresenta mais chances de sofrer doenças oculares do que aqueles que nunca fumaram – por isso, quanto mais cedo o paciente parar, menores são as chances de doenças como a degeneração macular.
40 aos 50 anos de idade
A partir dessa época, é importante ir ao oftalmologista uma vez ao ano para fazer um simples exame de medir a pressão dos olhos.
Se a pressão estiver alta, pode levar ao glaucoma, doença silenciosa que pode causar cegueira irreversível, como mostrou a reportagem da Natália Ariede (veja no vídeo ao lado). Para ajudar a tratar isso, são usados colírios para diminuir a pressão ou, se isso não for suficiente, um tratamento com laser ou cirurgia.
A partir dos 50 anos de idade
Nessa fase, aumentam as chances de doenças como catarata e degeneração macular, um problema na parte central da retina, responsável pela percepção de detalhes, formas e cores, como mostrou a reportagem da Renata Ribeiro (veja no vídeo ao lado).
Para diminuir o risco desse problema, é importante ter uma alimentação equilibrada e com boa quantidade de antioxidantes, substâncias que podem retardar o surgimento dessas doenças. Alimentos ricos em vitaminas A, E, D e zinco são importantes, assim como os ricos em luteína, que também protegem os olhos das lesões causadas pelos raios solares. Entre esses alimentos, estão a couve, espinafre, brócolis, milho, ervilhas e ovos, por exemplo.
Escolha o melhor lugar para o seu atendimento.
oftalmocenter@oftalmocenterpi.com.br